quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mastologia

Dor no seio

Mastalgia é o nome dado à dor nos seios. O sintoma é bastante comum nas mulheres durante os anos que vão da primeira menstruação até a menopausa. Estima-se que toda a mulher, em alguma fase do ciclo menstrual, mas principalmente no período pré-menstrual, tenha algum grau de desconforto ou de dor nas mamas. A compreensão de que as alterações que a mama apresenta no ciclo menstrual sob influência hormonal não representam doença mudou a abordagem desse tipo de problema.

A partir do ano de 1994, a displasia mamária e todas os termos que refletiam as alterações patológicas encontradas na mama (adenose, fibrose, doença fibrocística, microcistos, metaplasia apócrina) foram substituídos pelo termo descritivo Alterações Funcionais Benignas das Mamas (AFBM). Clinicamente, a AFBM é caracterizada como dor e/ou espessamento das mamas, de surgimento nos primeiros anos da idade adulta, sob influência hormonal, com intensidade aumentada no período pré-menstrual e que desaparece com a menopausa. As faixa etária mais afetada pela AFBM é a que vai de 30 a 50 anos.

Assim, a AFBM não é uma doença, é apenas o reflexo de atividade fisiológica dos hormônios sobre as mamas durante a idade fértil. A dor, o espessamento das mamas e os macrocistos são as características clínicas mais comuns da AFBM. Eles podem estar associados a várias entidades patológicas.

A principal preocupação para a paciente e para o médico é identificar quais pacientes podem ter câncer. Sabe-se que a diferenciação nem sempre é fácil e muitas vezes requer exames adicionais ou métodos invasivos e dolorosos. Por outro lado, a maioria das pacientes que procura o médico por dor no seio tem não tem doença maligna da mama. Além disso, a dor como fator isolado é má preditora do risco de câncer; em 5% a 18% dos casos de câncer de mama, a dor localizada foi o sintoma inicial que levou o paciente à consulta médica.

Classificação das mastalgias

Mastalgia cíclica leve: dor ou desconforto nos três primeiros dias antes do período menstrual, que chega a acometer até 70% das mulheres. Com o aumento da idade, aumenta o número de mulheres que sofre do sintoma. Em mulheres com mastalgia leve com menos de 35 anos, o risco de ter uma mamografia solicitada é de 3 a 4 vezes maior do que das mulheres sem dor.

Mastalgia cíclica moderada e severa: a dor mamária tem duração superior à uma semana, e tem intensidade importante a ponto de interferir nas atividades da paciente, justificando o uso de medicação.

Mastalgia acíclica: dor mamária que não está relacionada ao ciclo menstrual, pode ser contínua ou ocasional. Mais freqüentemente a alteração patológica encontrada na mama é a ectasia ductal, a adenose esclerosante e a necrose gordurosa. Costuma localizar-se nos quadrantes superiores da mama e é bilateral.

Mastalgia não-mamária: é a dor torácica referida sobre as mamas. Comumente, é dor músculo-esquelética da parede costal, do dorso ou dos membros superiores e que se irradia para a mama. A dor pode também ter origem visceral, como angina cardíaca e colelitíase.
Tratamento

O tratamento da mastalgia inicia-se estabelecer uma relação de tranqüilidade e confiança com a paciente e em afastar a possibilidade de existência de câncer de mama. Muitas das mulheres que procuram uma clínica de mastologia por dor nas mamas desejam saber se sua dor é normal ou se é causada por uma doença grave. A informação sobre a AFBM, a educação em relação ao sintoma e o estabelecimento do vínculo são a primeira linha de tratamento da mastalgia.

Medidas gerais: as pacientes com dor nos seios beneficiam-se do uso de sutiãs ajustados na redução do sintoma. O uso de anticoncepcionais orais e de terapia de reposição hormonal também pode se associar à dor, e ainterrupção da medicação pode trazer alívio do sintoma.

Em 85% das pacientes, o esclarecimento e o manejo tranqülizador são suficentes para o alívio do sintoma. Em outras 15% pode ser necessário o uso de medicação.

Óleo de prímula: postula-se como princípio ativo no óleo de prímula o ácido gama-linoleico, que pode ser comprado na forma industrializada ou ser manipulado e adminstrado na dose de 500mg/dia, por 60 dias. A remissão dos sintomas ocorre em 70% das pacientes, sem efeitos adversos importantes, o que faz do óleo de prímula uma boa opção para o tratamento medicamentoso.

Anti-inflamatórios não esteróides tópicos: quando comparados ao óleo de prímula, os AINES tópicos tem eficácia maior no tratamento da mastalgia (92% vs. 64%) e são uma boa opção às pacientes que não respondem ao óleo de prímula

Agonistas dopaminérgicos: a bromocriptina (2,5mg 2x/dia) e lisurida (0,3mg/dia) bloqueiam a liberação de prolactina pela neuro-hipófise. A taxa de resposta, em estudos não-controlados, chega a 78% para a bromocriptina. Os fatores limitantes do uso são os paraefeitos, como intolerância gástrica e hipotensão.

Antiestrogênicos: o tamoxifeno, o toremifeno e o raloxifeno foram avaliados no tratamento da mastalgia. O toremifeno, em dois ensaios clínicos recentes (aqui e aqui), mostrou-se melhor do que placebo no alívio da dor. Recentemente, uma metanálise comparou os ensaios clínicos randomizados que testaram óleo de prímula, danazol, bromocriptina e tamoxifeno. O óleo de prímula não foi superior a placebo, enquanto a bromocriptina, o danazol e o tamoxifeno foram capazes de melhorar os escores de dor referida. O danazol em baixas doses provoca alívio do sintoma em até 67% das pacientes.
por Cássio Borges

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QUINOA


PROPRIEDADES NUTRICIONAIS

A quinoa foi escolhida pela Nasa por ser uma ótima fonte de proteínas de

alto valor biológico e fornecer todos os aminoácidos essenciais necessários para a

formação de enzimas e de massa muscular e para todo o funcionamento orgânico.

Os aminoácidos essenciais não são produzidos pelo organismo humano e, por

isso, é preciso buscá-los na comida. As principais fontes são os alimentos de

origem animal. 'Como tem uma quantidade muito grande de proteínas e todos os

aminoácidos essenciais, além de ser rica em ferro e zinco, a quinoa é de especial

interesse para o vegetariano. Aquinoa ainda fornece magnésio, potássio,

manganês, vitaminas B1, B2, B3, D e E. Para completar, é um alimento rico em

fibras também bastante calórico 100 gramas correspondem a 450 calorias.

O amaranto possui grande potencial nutritivo. A semente possui cerca de

15% de proteínas, que tem uma qualidade biológica comparável à do leite e

superior a de outros vegetais, como a soja e o feijão. O amaranto também é rico

em fibras e pode ser utilizado como fonte de zinco, fósforo e cálcio, elemento

pouco encontrado em vegetais. Experiências realizadas com coelhos de

laboratório na FSP, que tiveram seu colesterol aumentado por uma dieta,

demonstraram a capacidade do amaranto em reduzir os níveis plasmáticos de

colesterol. O amaranto é um arbusto que pode atingir até 2 metros de altura, com

folhas grandes e panículas (tufos semelhantes às espigas) que concentram as

sementes. "As folhas podem ser cozidas como a couve". Para a produção de

farinha, é necessário extrair das sementes o óleo, que tem altos níveis de ácidos

graxos insaturados e também poderia ser usado na alimentação.

INDICAÇÕES:

Não há restrições para o consumo daquinoa e amaranto, mas o público-

alvo são os portadores de doença celíaca (intolerância a alimentos à base de trigo,

centeio, cevada e aveia), já que ela é totalmente isenta de glúten e ainda possui

outras características como proteína de qualidade, em quantidade superior à dos

cereais; amido com grânulos pequenos, que facilitam a produção de alimentos

congelados; fração de gorduras que auxiliam na redução do colesterol; vitaminas

(em especial a E) e minerais, como o cálcio, o magnésio, o manganês e o ferro em

quantidades que superam com vantagem os cereais. Assim, eles estarão

incorporando opções para diversificar os alimentos e aumentando as chances de

levar uma vida normal. Certamente, os que sofrem dessa enfermidade genética

passarão, ao longo do tempo, a perceber os demais benefícios de seu uso. Os

atletas devem ingeri-la antes e depois das provas, pois a quinoacontém ômega 3

e ômega 6, auxiliares no armazenamento de glicogênio nos músculos; as

crianças, como alternativa ao leite de vaca; e os idosos, porque se trata de um

alimento rico em lisina, aminoácido que ajuda a fortalecer a imunidade e amelhorar a memória.

 
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