Uncaria tomentosa
Unha de gato é um cipó cheio de espinho comumente encontrado em beiras de rio, sobre pedras e seus frutos são muito apreciados por aves silvestres especialmente o jacu. Esta ave aparece em florestas brasileiras e sua carne é excelente assemelhando-se a do frango caipira. Além de alimento para as aves, a unha de gato é considerada medicinal por ter muitas propriedades já constatadas por estudiosos desta planta.
Os índios já utilizavam a unha de gato para tratar tumores, inflamações, reumatismo e úlcera gástrica. Também usavam no tratamento da gonorréia e da disenteria. Mas não é só para estas funções curativas que os indígenas utilizavam a unha de gato, inclusive, para o trato de câncer feminino e hemorragias. Hoje, a unha de gato é reconhecida por suaspropriedades medicinais e indicada em tratamentos fitoterápicos em larga escalacomercial.
Para a fitoterapia atual, a unha de gato é utilizada no mundo inteiro nas diferentes condições, incluindo desordem imunológica, gastrite, úlcera, câncer, artrite, reumatismo, nevralgias, inflamações crônicas de todos os tipos e até mesmo o herpes viral. O conhecimento científico veio confirmar o que a cultura indígena já utilizava a mais de 2.000anos.
A Unha-de-gato também é um poderoso antiinflamatório natural, usado contra resfriados, gripe e viroses.
Em alguns de seus empregos terapêuticos revelaram grandes possibilidades nos tratamentos de:
• Doenças inflamatórias
• Degenerativas
• Artrite reumatóide
• Renite / Sinusite
• Alergias em geral.
O extrato de Unha de Gato tem uma imensa capacidade de lavar essa camada purificando e tratando a flora intestinal, ajudando no melhor absorvimento dos nutrientes essenciais à saúde, e na recuperação de pacientes que sofrem de desequilíbrios na flora intestinal, tais como:
• Diverticulite
• Colite
• Gastrite / Úlceras
• Parasitas.
O extrato de Unha de Gato enfraquece a atividade mutagênica alterada pelo cigarro. Essa atividade anti-mutagênica está incluída ao efeito antioxidante da planta, que atua dificultando os terríveis males do cigarro:
• Envelhecimento precoce
• Câncer pulmonar
• Impotência e frigidez sexual.
O extrato é natural, não causa dependência, não possui efeitos colaterais nem acarretará em danos ao organismo.
Unha-de-gato contra o herpes labial
Por: Rachel Dimetre
Boa notícia para os portadores do herpes labial: um novo medicamento contra essa doença, feito a base de uma planta brasileira, deve ser comercializado a partir de julho. Batizado Imunomax, o fármaco é um gel de aplicação local, que age diretamente sobre os sintomas e dá alívio aos pacientes. Os últimos testes foram concluídos em dezembro de 2004 por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O gel para tratar o herpes labial foi produzido a partir da Uncaria tomentosa .
O medicamento foi produzido a partir de um extrato retirado da planta Uncaria tomentosa – mais conhecida como unha-de-gato –, abundante na região amazônica. Essa erva já vinha sendo utilizada como fitoterápico no tratamento do herpes e por isso havia indícios de seu efeito antiinflamatório. A comprovação científica dessa propriedade foi obtida pela equipe de Luiz Querino Caldas e Beni Olej, do Centro de Pesquisa Clínica (CPC), unidade da UFF voltada para o estudo e desenvolvimento de novos fármacos.
A obtenção do extrato da unha-de-gato foi feita pelo laboratório Herbarium, que comercializará o novo remédio. A equipe do CPC se encarregou de testar o medicamento em voluntários humanos, o que vem sendo feito desde 2004.
Os ensaios foram feitos com voluntários que apresentavam casos freqüentes de atividade do vírus, divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles recebeu o Imunomax, enquanto o outro – o grupo de controle – recebeu o Aciclovir, medicamento usualmente adotado contra o herpes labial. Os voluntários receberam uma cartela na qual deveriam detalhar as fases do tratamento (horário de aplicação do gel, desfechos clínicos) com o acompanhamento dos responsáveis.
Os testes não indicaram qualquer efeito colateral do novo gel e confirmaram sua eficácia: os voluntários tiveram diminuição de até 20% de sintomas como dor, ardência e queimação. “A vantagem do Imunomax em relação aos medicamentos atualmente usados contra o herpes consiste em diminuir o tempo de duração de cada episódio da doença”, afirma Luiz Querino Caldas.
O herpes labial é caracterizado por pequenas erupções cutâneas nos lábios que provocam dor, coceira e ardência, além do prejuízo estético. “Essa doença afeta de 20 a 45% da população brasileira”, estima o farmacologista Luiz Querino Caldas. Ela é causada por um vírus, que se mantém incubado e pode ser ativado por fatores como exposição solar, baixa imunidade ou problemas emocionais. Quando a doença se manifesta, há a possibilidade de contágio através do contato social ou pelo uso compartilhado de copos, canudos e talheres.
O combate do herpes é feito com anti-sépticos de uso local, antiinflamatórios e antivirais – o mais habitual é o antiviral Aciclovir. Alguns médicos prescrevem uma vacina, mas sua eficácia depende do indivíduo.
O novo medicamento age sobre os sintomas da doença, mas não se sabe ainda se ele tem ação antiviral. Os pesquisadores da UFF pretendem agora realizar testes para verificar essa propriedade. Mais ensaios clínicios também seriam necessários para verificar se o Imunomax é indicado também para o tratamento do herpes genital – causado por um vírus do mesmo grupo daquele que provoca a doença nos lábios.
Rachel Dimetre
Especial para Ciência Hoje On-line
Remédio para dengue
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)
Uma pesquisa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que a planta unha-de-gato, típica da Amazônia, pode servir como matéria-prima para um remédio destinado a controlar os efeitos da dengue. O estudo indicou que o medicamento poderá evitar complicações em razão da doença, como pressão baixa e hemorragia.
Os resultados ainda são preliminares e, de acordo com as coordenadoras da pesquisa, um remédio só seria viável "em anos". Mas é a primeira vez, segundo a Fiocruz, que se detecta a possibilidade de evitar as complicações da doença.
A biomédica Claire Kubelka, a bióloga Sônia Reis e a química Ligia Valente analisaram a reação in vitro de monócitos (células de defesa do corpo) contaminados com o vírus da dengue com substâncias extraídas da planta unha-de-gato (Uncaria tomentosa).
A solução inibiu a produção excessiva de citocinas (proteínas de resposta inflamatória do organismo), que pode gerar queda brusca na pressão e hemorragias --as principais causas de morte por dengue. "O objetivo do tratamento seria modular [regular] a resposta imunológica, diminuir a resposta exacerbada [na produção de citocinas]", diz Kubelka.
A unha-de-gato já é usada na produção de antiinflamatórios, consumidos principalmente por quem tem artrite. Kubelka afirma que é possível descobrir que o remédio existente também serve para a dengue --mas só após mais testes.
"A imunomodulação muitas vezes inibe alguma parte do sistema imunológico, mas pode exacerbar outro. Para algumas doenças, ela pode ser benéfica, mas, para outras, pode ser prejudicial. Eventualmente poderá ser usado o mesmo remédio para duas patologias diferentes, mas isso precisa ser muito estudado", afirmou ela.
Segundo Valente, a planta está em risco de extinção por causa da ação de extrativistas, interessados em suas propriedades medicinais. A espécie, no entanto, não está na lista oficial do Ibama da flora ameaçada.
Bula Fitoterápica da Unha-de-Gato
Autores desta Bula Fitoterápica:
Amanda Ribeiro Santana
Leonardo Manduca Sales
Mariana Petrungaro
Classificação Científica da Planta
Espécie: Uncaria tomentosa
Sinônimos Botânicos: Nauclea aculeata Kunth, Nauclea tomentosa Willd. ex Roem. & Schult.,Ourouparia tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.) K. Schum., Uncaria surinamensis Miq., Uncaria tomentosa var. dioica Bremek.
Outros nomes populares: Uña de gato (italiano), cat's claw (inglês), unghia di gatto (italiano).
Modo de Usar
• Extrato líquido: 1.5 g (mínima) a 6 g (máxima) dia. Dividido em pelo menos 2 doses.
• Extrato seco unificado: 20 mg a 60 mg por dia, misturados em água, divididos em 3 vezes.
• Casca seca do lenho em pó: 500 mg a 2 g por dia, misturados em água, divididos em 3 vezes.
• Decocção de 100 gramas de casca do lenho por litro de água. Ferver em fogo brando por até uma hora.
• Decocção de 1 grama de casca da raiz em 250 mL de água. Ferver por 15 minutos. Uma xícara 3 vezes ao dia. Imagem 1
• Tintura: 1 mL 1-3 vezes
• Comprimidos de 100mg. (45 comprimidos – Herbarium)
O uso contínuo não deve ultrapassar 2 meses, salvo sob prescrição médica.
Esta unha-de-gato (Uncaria tomentosa) é da Região Amazônica, vegetando do Peru ao Nordeste Brasileiro. Não confundir com outras unhas-de-gato (Ficus pumila) vendidas por raizeiros.
Aspectos Históricos da Planta
A Unha de Gato é a planta medicinal mais popular no Peru. O nome da planta vem da semelhança de seus espinhos com as unhas do gato sendo conhecida nos Estados Unidos como Cat´s claw. Os Incas, pioneiros em seu uso, já tinham por hábito beneficiarem- se de seus princípios ativos e passaram os seus conhecimentos da planta para os índios que a usavam no tratamento de doenças como artrite, gastrite, reumatismo e inflamações em geral. Descrita pela primeira vez em 1830, ela pode ser encontrada em toda a Amazônica Peruana e, principalmente, nas bacias dos rios da selva central do Peru.
Acetoxidihidronomilina, ácido alfa-trihidroxi-ursenóico, carboxistrictosidina, ácido acetiluncárico, ácido adípico, alcalóides (especiofilina (uncarina D), isomitrafilina, isopteropodina (unicarina E), mitrafilina, pteropodina (unicarina C), uncarina F, rincofilina), aloisopteropodina, alopteropodina, angustina, campesterol, carboxistrictosidina, catecol, Imagem 2 D-catechina, DL-catecol, ácido catecutânico, beta-sitosterol, corinanteína, corinoxeína, dihidrocorinanteína, óxido-n-dihidrocorinanteína, dihidrogambirtanino, ácido elágico, L-epicatecol, epicatechina, estigmasterol, ácido gálico, hanadamina, hirsutina, hirsuteína, óxido-n-hirsutina, hiperina, 3-iso-19-epi-ajmalicina, isocorinozeína, isorrincofilina, óxido-n-isorrinchofilina, isorotundifolina, ácido cetouncárico, 11-metoxiohimbina, ácido oleanólico, ourouparina, oxogambirtanino, ácido quinóvico, rotundifolina, uncarina, ácido ursólico.
Os compostos químicos são completamente absorvidos. A absorção inicia-se imediatamente após a administração e a quantidade absorvida equivale à forma farmacêutica comprimidos gastrorresistentes de uncarina quando administrados na mesma dose. O pico médio da concentração plasmática de cerca de 3,8 mcmol/l é atingido após 20 a 60 minutos após administração de um comprimido de 100 mg. O alimento não influencia a quantidade de medicamento absorvida, embora o início e a taxa de absorção podem ser levemente retardados nesta condição. A quantidade absorvida é linearmente proporcional ao tamanho da dose. Como aproximadamente metade do medicamento é metabolizado durante a sua primeira passagem pelo fígado (efeito de 'primeira passagem'), a área sob a curva de concentração (AUC) após administração retal ou oral é cerca de metade daquela observada com uma dose parenteral equivalente. O comportamento farmacocinético não se altera após administrações repetidas. Não ocorre acúmulo desde que sejam observados os intervalos de dosagem recomendados.
Distribuição
99,7% da uncarina ligam-se a proteínas séricas, predominantemente à albumina (99,4%). O volume de distribuição aparente calculado é de 0,12-0,17 l/kg. A , uncarina penetra no fluido sinovial, onde as concentrações máximas são medidas de 2-4 horas após serem atingidos os valores de pico plasmático. A meia-vida aparente de eliminação do fluido sinovial é de 3-6 horas. Duas horas depois de atingidos os valores de pico plasmático, as concentrações da substância ativa já são mais altas no fluido sinovial que no plasma, permanecendo mais altas por até 12 horas.
Biotransformação
A biotransformação da uncarina ocorre parcialmente por glicuronidação da molécula intacta, mas principalmente por hidroxilação e metoxilação simples e múltipla, resultando em vários metabólitos fenólicos (3'-hidroxi, 4'-hidroxi, 5-hidroxi, 4',5-hidroxi e 3'-hidroxi-4'-metoxi-diclofenaco), a maioria dos quais são convertidos a conjugados glicurônicos. Dois desses metabólitos fenólicos são biologicamente ativos, mas em extensão muito menor que o diclofenaco.
Eliminação
O clearance (depuração) sistêmico total da uncarina do plasma é de 263 ± 56 ml/min (valor médio ± DP). A meia vida terminal no plasma é de 1-2 horas. Quatro dos metabólitos, incluindo os dois ativos, também têm meia-vida plasmática curta de 1-3 horas. Um metabólito, 3'-hidroxi-4'-metoxi-diclofenaco, tem meia-vida plasmática mais longa. Entretanto, esse metabólito é virtualmente inativo. Cerca de 60% da dose administrada são excretados na urina como conjugado glicurônico da molécula intacta e como metabólitos, a maioria dos quais são também convertidos a conjugados glicurônicos. Menos de 1% é excretado como substância inalterada. O restante da dose é eliminado como metabólitos através da bile nas fezes.
Antiinflamatórios e anti-reumáticos não-esteróides derivados do ácido acético e substâncias relacionadas.
Mecanismo de ação: Unha de Gato contém um composto não-esteroidal com acentuadas propriedades analgésica, antiinflamatória e antipirética. A inibição da biossíntese das prostaglandinas, demonstrada experimentalmente, é considerada fundamental no mecanismo de sua ação. As prostaglandinas desempenham papel importante na gênese da inflamação, dor e febre. Possui um rápido início de ação, o que o torna particularmente adequado para o tratamento de estados dolorosos e/ou inflamatórios agudos. Nas concentrações equivalentes àquelas alcançadas no homem, não suprime a biossíntese de proteoglicanos nas cartilagens.
Por meio de ensaios clínicos foi possível demonstrar que a Unha de Gato exerce pronunciado efeito analgésico em estados dolorosos moderados ou graves. Na presença de inflamação, por exemplo, causada por trauma ou após intervenção cirúrgica, Unha de Gato alivia rapidamente tanto a dor espontânea quanto à relacionada ao movimento e diminui o inchaço inflamatório e o edema do ferimento.
Características em Pacientes
Não foram observadas diferenças idade-dependentes relevantes na absorção, metabolismo ou excreção do fármaco. Em pacientes com insuficiência renal não se pode inferir, a partir da cinética de dose única, o acúmulo da substância ativa inalterada quando se aplica o esquema normal de dose. A um clearance de creatinina < 10 ml/min, os níveis plasmáticos de steady-state (estado de equilíbrio) calculados dos hidroxi-metabólitos são cerca de 4 vezes maiores que em indivíduos normais. Entretanto, os metabólitos são, ao final, excretados através da bile.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Dados pré-clínicos de estudos de toxicidade com doses agudas ou repetidas, bem como estudos de genotoxicidade, mutagenicidade, carcinogenicidade com uncarina relevaram que uncarina nas doses terapêuticas recomendadas não causa nenhum dano específico para humanos. Não há nenhuma evidência de que uncarina cause um potencial efeito teratogênico em camundongos, ratos e coelhos.
Indicações
Abscessos, afecções intestinais, Aids (como complemento no coquetel), artrite, asma, bursite, câncer (de mama, pulmão, cérebro, próstata), candidíase, cáries, cérebro (prevenir coágulos), circulação (aumentar), cirrose, coração (prevenir ataques, doenças, coágulos), diabetes, disenteria, doenças epidêmicas, doenças ósseas, doenças urinárias, envelhecimento precoce, febres, gastrite, gonorréia, hemorragias, herpes, irregularidade menstrual, leucemia, pressão sanguínea (reduzir), prostatites, reduzir ação mutagênica do tabaco, reumatismo, rinites, sinusites, úlceras gástricas.
Contra-Indicações / Cuidados
Mulheres grávidas e lactantes, crianças menores de três anos, pacientes com ou a receber transplantes de órgãos, enxertos de pele, em terapia de imunossupressão, usuários de hipotensivos (pois ela é hipotensiva), enfermidade autoimune, esclerose múltipla, tuberculose.
Efeitos Colaterais
Evitar em casos de gravidez, lactação e crianças.
Não utilizar em pacientes com ou a receber transplantes de órgãos, enxertos de pele, em terapia de imunossupressão, usuários de hipotensivos, enfermidade autoimune, esclerose múltipla, tuberculose, antes e depois de quimioterapia, nem em pacientes hemofílicos.
Pode provocar diarréia, alterar a consistência dos intestinos, náusea moderada
Referências Bibliográficas
DICLOFENACO DE POTÁSSIO. Farmacêutico responsável.: Marco A. J. Siqueira: NOVARTIS BIOCIÊNCIAS S. A. Bula de medicamento.
Fitoterápica – Unha-de-Gato
Um comentário:
. ótimas dicas Tati.
. vim retribuir o carinho que vc me deixou, a oração, obrigada! vc tem vários blogs, não sabia em qual deveria comentar, escolhi esse, já virei sua seguidora.
. excelente feriado.
. fique com DEUS.
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